domingo, 26 de janeiro de 2020

Microplástico: o vilão (quase) invisível

     Não é de hoje o conhecimento de que o plástico está presente em nossas vidas. Aliás, ele está presente em todas nossas atividades do dia-a-dia, em todo os lugares que olhamos e às vezes nem nos damos conta de que determinado objeto é feito de plástico. A questão é que esse resíduo está em lugares em que muitas vezes não conseguimos ver e passa a ser chamado de "microplástico".
      Mas o que é microplástico? Esse termo define as minúsculas partículas, com menos de 1 milímetros (alguns cientistas adotam até 5 milímetros) e que têm origem da deterioração de outros plásticos. O primeiro estudo data a década de 70, porém é nos dias atuais que ele vem ganhando destaque.
     Os polímeros relacionados à formação de microplásticos são polietileno tereftalato (PET), polipropileto (PP), poliestireno (PS), poliuretano (PU), policloreto de vanila (PVC) e náilon (PA). Eles podem ser de origem primária, quando provêm de resíduos industriais, residenciais e de transporte marítimo ou de origem secundária, que origina-se de processo de degradação de pedaços de plásticos maiores.

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Foto: DW Brasil.

     Nossa, algo tão pequeno não deve trazer tanto impacto assim né? É aí que você se engana! Os microplásticos tem um impacto tão grande que eles estão presentes nos oceanos (principalmente) mas podem acabar dentro do ser humano (sim!) através da cadeia alimentar. Mas como isso tem um impacto negativo? Os microplásticos apresentam a capacidade de absorver produtos tóxicos encontrados nos oceanos, como pesticidas, metais pesados e poluentes orgânicos persistentes.
     Basicamente funciona assim: plânctons se alimentam do plástico contaminado, e conforme são comidos por peixes maiores propagam a intoxicação através dos diversos consumidores até chegar no ser humano. Pesquisas apontam que esses materiais tóxicos estão relacionados à disfunções hormonais, imunológicas, neurológicas e reprodutivas. E, além disso, podem bloquear o trato digestivo de pequenos animais e, em casos mais extremos, levar ao desequilíbrio da cadeia alimentar.

Foto: Revista Pesquisa FAPESP.

    E como posso fazer para colaborar e diminuir a produção desse microplástico? A resposta à princípio é simples: diminua a quantidade de produtos plásticos presentes na sua vida e, mais que isso, recicle! Mas preste atenção aos mínimos detalhes, pois o plástico vai além de garrafas pets e canudinhos.

Alguns exemplos:
- Troque escovas de dentes, canudos, talheres tudo por bambu (ou inox no caso do canudinho);
- Substitua a fibra sintética por algodão orgânico;
- Substituas os esfoliantes sintéticos por naturais;
- Faça o descarte corretamente;
- Copo plástico nem pensar! Tenha sempre uma garrafinha em mãos;
- E o mais importante: DIMINUA O CONSUMO DE PLÁSTICO!